
Não há tombo que não machuque, e o machucado sempre demora para sarar.
O colesterol fica alto, a diabete preocupa, o triglicérides acompanha o colesterol, a próstata começa a dizer que existe e a gente tem que começar a fazer colonoscopia todo ano, toda gripe é forte e a gente tem que tomar vacina para evitar a gripe, as juntas começam a reclamar, começamos a sentir artrite nos dedos, a digestão fica difícil, o sono mais leve, mas a gente ainda não sente os efeitos da idade. A disposição continua conosco e as doenças são uma preocupação mais do médico do que nossa.
Mas depois que se faz sessenta tudo isso fica pior. E a disposição começa a nos abandonar. Falta ânimo, o fôlego diminue e a gente começa a ficar com medo de descer escada longe do corrimão.
Eu sou extremamente saudável, pelo menos é o que me dizem os médicos.
Mas mesmo assim não paro de fazer exames e de ir a médicos.
Como eu já contei aqui, tive o problema de apnéia do sono. Procurando saber o que estava provocando o cansaço, a falta de memória imediata e as dores nas juntas, fiz tomografias e ultrassons do corpo inteiro.
Meus meniscos que eu havia rompido entre 1966 e 1980 comçaram a me incomodar e a doer quando eu subo ou desço uma escada.
Tomo 5 pílulas por dia. Uma para depressão que descobri que tenho tido desde a puberdade. Uma para o alargamento da próstata, que fora isso está ótima. Uma para controlar a pressão arterial, apesar que somente uma vez em 1979 a minha pressão subiu acima de 19/9. Uma para o meu refluxo ácido que provocou uma erosão no meu esôfago e na minha faringe e, finalmente, um antedepressivo que provoca sonolência para me ajudar a conciliar o sono.
Fora as pílulas, eu tenho que aspirar um disco que nos Estados Unidos chamam de Advair e no Brasil Seretide para a minha bronquite crônica e asma de fundo alérgico.
Estou tão bem que não faço outra coisa senão ir a médico e frequentar laborátorios de análises e hospitais.
Nestes três primeiros meses do ano, eu fiz três exames de sangue, sendo os dois primeiros com uma semana de diferença. Pois é, para tirar sangue fui duas vêzes no Fleury da Mato Grosso. Para fazer cintilografia das veias do pescoço, no Einstein da Brasil. Para fazer eletrocardiograma com esforço e contraste, no Einstein do Morumbi. Para examinar a meu sono, tive que passar a noite no Einstein da República do Líbano. No médico fui duas vezes. Uma para exame físico e para o pedido de exames e a segunda para ver o resultado dos exames.
Eu vivo entre São Paulo e Miami. O meu médico de São Paulo me recomendou o equipamento para dormir e me deu um endereço em São Paulo.
Como eu ia para Miami, deixei para comprar o equipamento nos EUA. Para isso fui no médico da minha filha que não podia me dar a recomendação para a aquisição do equipamento porque não era a sua especialidade, e me deu indicação de um médico especializado em problemas de sono, mas pulmonologista.
Certo.
Marquei a hora no tal médico no Jackson Memorial Hospital. Mas com a demora eu voltei a São Paulo e acabei comprando o equipamento lá mesmo.
Como eu já tinha hora marcada, fui no médico do Jackson Memorial que disse que estava muito bem diagnosticado e que o equipamento era certo para o meu caso.
Mas ele é pulmonologista, e eu tenho uma compactação na base do pulmão esquerdo, causado por excesso de barriga, uma hérnia do diafragama e a consequente invasão da área do pulmão pela gordura da barriga. Lindo, não é mesmo?
Além disso, como já contei, tenho asma alérgica e bronquite crônicas.
Me perguntou se eu já tinha feito exame de capacidade pulmonar e tomografia do pulmão. Como já fazia uns dois ou três anos que eu tinha feito, me pediu para repetir no Jackson Memorial's Sylvester Center of Oncologye.
Agora tenho que me lembrar de trazer os exames antigos de São Paulo para comparação antes de voltar a ver o médico.
E depois, tenho que me lembrar de levar os exames feitos aqui para o meu clínico em São Paulo para ele colocar no meu prontuário.
Mas, graças a D-us, minha saúde é excelente.