1/15/2008

De volta à realidade


São Paulo. Pois é, subi as Rochosas, desci as Rochosas e aqui estou de novo em São Paulo. Dois dias para acertar o relógio mental (afinal de Utah a São Paulo são 5 fusos horários e de Miami 3) e dá-lhe ... CHUVA.
Morreram 14 pessoas e 2.500 ficaram desabrigadas com as chuvas de Domingo. Hoje, fui comprar ração para as cachorras. Entrei na Cobase (em frente ao CEAGESP) com um começo de uma garoa. Até estacionar o carro, caiu o mundo na nossa cabeça. O Reginaldo ficou preso fora do carro e eu dentro dele. Choveu granizo. Cada pedra que vou te contar. Vento, chuva e granizo. Quer mais?
Lógico, que com a quantidade de chuva a região ficou inundada. Quando melhorou a chuva, o Reginaldo entrou correndo no carro e em vez de entrarmos na loja, fomos embora. Foi sorte. Tivemos de sair na contra mão. A avenida do CEAGESP, em direção à Marginal do Tietê ficou inundada. O Reginaldo passou por cima da ilha e fomos em direção contrária à Marginal para tentar pegar a avenida do Cemitério da Lapa, e de lá o Alta da Lapa. Impossível. Tudo alagado. Fizemos então o balão da Pedroso de Moraes e, só então, conseguimos chegar à Vila Madalena e de lá ao Pacaembu. A chuva foi nos seguindo, mas numa versão mais light.
Foi a adaptação mais rápida que eu já tive em meus retornos à Terra Amada, Idolatrada, Salve, Salve. No salve-se quem puder, a gente lembra rapidinho o que a vivência nos ensinou para sobreviver.
Fico pensando como um americano que, por exemplo, morasse em Miami, com seu trânsito suave, conseguiria fazer para evitar ficar preso nos meio das águas de um córrego paulistano transformado em avenida. Afinal as águas não tomam conhecimento dessa transformação e reclamam o seu domínio sempre que a chuva é forte.

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