11/09/2013

O Cocotte e seus cães dinamarqueses

Em criança, eu morava na Rua Itápolis com a Rua Itaquera. E a minha família toda morava em volta da nossa casa. Minha bisavó na Avenida Angélica, aonde hoje é o Hospital Sabará. Meus avós paternos na Rua Pará esquina com a Ceará. A irmã mais velha de papai na Rua Avaré, 31. Meus tios avós Cincinato e Norma na Rua Itacolomi. Por isso eu andava a pé pelo Pacaembu e por Higienópolis. A irmã do meu tio Cincinato era uma excelente doceira e abriu todas as doceiras importantes da época, a Colmeia, a Abelha, etc. Uma delas, não me lembro qual era numa travessa da Angélica que passa pelo lado do Cemitério da Consolação. A doceira ficava quase na Angélica. Era lá que eu ia comprar cocada. Mas no caminho, do lado da Rua Goiás, tinha umas casinhas geminadas. Numa delas morava uma velhinha alquebrada com uma meia dúzia de cães Dinamarqueses enormes. Os cachorros tomavam sol no telhado da casinha. O meu medo era que um deles pulasse direto do telhado ou do terracinho pra cima de mim na calçada. As idas à doceira eram sempre uma aventura .

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