11/14/2013

A Guerra do Paraguai e a Proclamação da República


O Paraguai era um país adiantado, possuía um malha ferroviária que nenhum dos vizinhos possuía.

Mas cometeu um pecado indesculpável: não comprava praticamente nada da Inglaterra. Nem ao menos a rede ferroviária.


Solano Lopez, chamado ditador do Paraguai, passou um período de sua vida na Europa. Era fã incondicional de Napoleão III (Napoleon, le petit segundo os franceses). Sua esposa era uma irlandesa muito parecida com a Imperatriz Eugenie, mulher do petit Napoleon.


Quando voltou ao Paraguai, usou todo o seu poder e o dinheiro do Estado para modernizar o país.


Mas a Inglaterra não podia admitir que o Paraguai pudesse servir de exemplo aos vizinhos, Argentina, Brasil e Uruguai.


Com um financiamento feito para o Brasil e para a Argentina, que até a pouco tempo atrás faziam parte das nossas dívidas externas, a Inglaterra convenceu os dois países a declararem guerra ao Paraguai.


O Brasil, "país cordial" foi responsável, nesta guerra pela chacina de 90% da população masculina do Paraguai, desde bebês até idosos.


Além disso, os dois países aliados destruiram toda a infraestrutura do país vizinho e se apropriaram de pelo menos 30% do território paraguaio.


A matança dos paraguaios foi moderada até o comando das tropas passar para o Conde d'Eu, marido da princesa Izabel.


O Conde era tão sangüinário, que assustou os brasileiros.


A principal razão da Proclamação da República foi o medo que nossos antepassados tinham de que esse homem tivesse qualquer participação no governo do Brasil.


Se a Lei Áurea foi importante para o fim do Império foi porque descapitalizou os barões, que eram a sustentação econômica do Império. Afinal os escravos representavam a maior parte do investimento dos fazendeiros, a terra sendo barata em comparação.

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